7 de maio de 2010

uma espécie de plenitude existencial

Já disse que os dias deviam ter 30h? Quem foi o estupor que regulamentou que um dia dura 24h? Não devia ter mesmo nada com que se ocupar. O tempo escasseia e há sempre qualquer coisa que fica para trás. Começou por ser a blogosfera, depois as horas de sono e agora até os meus ricos livros. Por este andar vou morrer antes dos 50 (pelo menos dizem que é o que acontece a quem dorme menos de 6h por noite). E, se repararem bem, estou a compilar num só post assuntos que dariam para uma data deles se não estivéssemos em época de crise: crise de tempo e, consequentemente, de palavras. Palavras que teimam em revelar-se verbalmente e, por isso, sentem menos necessidade de se fundirem com o papel. E somos tão mais felizes quando a expressão verbal prevalece sobre a escrita. Porque chegar diariamente a casa às 22h e cair na cama nunca antes da 1h, estoirada, é música para os meus ouvidos, alimento para a alma (melhor que chocolate). Finalmente a vida encontrou o seu rumo e arrasta-me com ela. Chamam-lhe realização plena. Não lhe dava melhor nome que esse. Há cliques que trazem a felicidade atrelada.

E a 45 minutos para a meia noite sonho acabar todos os exercícios de Matemática, ler três livros, ver dois filmes, acabar dois trabalhos, ler os milhares de posts em atraso e acabar este post. Este último sou capaz de conseguir. Ah, e saber ainda que apesar de ser fim-de-semana, amanhã tenho de levantar o cu da cama às 7h, para passar a ferro (já disse que te odeio, mãe?), para poder perder o meu dia ali para os lados de Alcochete à procura de um vestido de baile em outlet, depois de ter experimentado um Prada de 1430€ para os lados da avenida da liberdade, que me ia provocando um ataque de falta de ar, daqueles que batem forte. Pior do que quando vês um deus. Porque a crise não se faz só de tempo e de palavras.

Podia dissertar ainda sobre os milhares de assuntos que me pairam pela mente mas não vos quero maçar mais. Prometo (de pernas cruzadas) que vou tentar retomar o funcionamento normal desta coisa. Entretanto passem pela feira do livro (onde me apaixonei novamente pelo RAP) e já agora, por aqui, para terem o prazer de ver o meu mais recente orgulho (depois de tanto tempo roídas).

2 comentários:

Rebeca Pascoal disse...

quem me dera não roer as unhas.
como conseguiste?

Não suporto o mês de Maio.

Anónimo disse...

Oh..já tinha saudades. ;)