Gosto de caminhar na rua e pensar que me posso cruzar contigo a qualquer momento. Olho para os rostos daqueles que cruzam o meu caminho à espera de reconhecer feições que me são familiares. Gosto de pensar que estás ao virar da esquina e que quando me vires vais reconhecer feições que te são familiares. E como sei que o mundo é uma ervilha a esperança nunca me abandona. Invado o olhar dos transeuntes num frenesim desconcertante, dado o passo acelerado com que passam por mim, cada um com a sua pressa em chegar onde são esperados. E eu caminho lentamente, sem pressa de chegar onde quer que seja, esperando apenas que chegues até mim.
Gosto da metamorfose do tu numa pluralidade de tus. De pensar que a espera se faz não por um mas por vários. De esperar reconhecer feições numa moldura de cabelos claros e escuros, numa tez morena e clara, de olhos expressivos e apagados, de sorrisos constantes e inexistentes. Porque a pluralidade de tus aumenta a probabilidade de me cruzar contigo a qualquer momento numa troca de sorrisos genuínos.
Gosto de acordar embrulhada neste rol de incertezas e de me espreguiçar com a força de uma certeza. De saber que entre uma pluralidade de tus, hoje é o teu dia, é o dia de me cruzar contigo. Gosto de pisar o teu território e saber que vais lá estar. Gosto ainda mais de pisar territórios diferentes todos os dias embalada por certezas singulares mas diversas. Mas o significado pleno e genuíno de gostar reside na fusão de certezas e incertezas - uma utopia mais-que-pessoal.
Gosto de me cruzar contigo nas ruas da minha cidade e saber que é fruto do acaso.
Gosto da metamorfose do tu numa pluralidade de tus. De pensar que a espera se faz não por um mas por vários. De esperar reconhecer feições numa moldura de cabelos claros e escuros, numa tez morena e clara, de olhos expressivos e apagados, de sorrisos constantes e inexistentes. Porque a pluralidade de tus aumenta a probabilidade de me cruzar contigo a qualquer momento numa troca de sorrisos genuínos.
Gosto de acordar embrulhada neste rol de incertezas e de me espreguiçar com a força de uma certeza. De saber que entre uma pluralidade de tus, hoje é o teu dia, é o dia de me cruzar contigo. Gosto de pisar o teu território e saber que vais lá estar. Gosto ainda mais de pisar territórios diferentes todos os dias embalada por certezas singulares mas diversas. Mas o significado pleno e genuíno de gostar reside na fusão de certezas e incertezas - uma utopia mais-que-pessoal.
Gosto de me cruzar contigo nas ruas da minha cidade e saber que é fruto do acaso.
2 comentários:
É tão bom sair à rua sem rumo, mas feliz, pela possibilidade de nos podermos cruzar com alguém especial, nem que seja só por uns segundos! Gostei bastante do texto, lindo mesmo :)
...ninguém vai perceber?
Eu! Eu, percebi!
Bom, pensando melhor...
Confesso!
Tem razão...
Não percebi!
Vou reler
Mas julgo que não vai adiantar muito
(Há coisas que se gosta de fazer e que não necessitam de ser entendidas)
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