Dei por mim a sorrir, às gargalhadas, quase a chorar, como se fosse a própria Jenny, interpretada trés bien (que é como quem diz, de forma sublime) por Carey Mulligan. Digam-me lá quem é que já não esteve num dilema semelhante ao da Jenny... E resistir à perdição é complicado, sendo a perdição uma das coisas mais frequentes (e, por vezes, nada complexa) da vida. Porque a perdição não passa invariavelmente por um Jack ou por uma ida a Paris. Até uma simples tarde passada entre a areia e o mar nos seduz. E lá se vão as lições de latim, ou os ensaios. A questão é: em qual das situações está a verdadeira lição, o conhecimento? E a resposta reside na questão: que conhecimento devemos nós procurar? A sociedade de hoje em dia vive demasiado do conhecimento objectivo, da vida materialista. Se me perguntarem quem sou direi que me chamo Daniela, que quero ser médica, que estudo, mas isso não significa que me conheço a mim mesma. Porque se te perguntarem quem és tu não te estão a perguntar o qual é o papel do teu corpo no mundo que te rodeia. Perguntam-te sim quem és tu, tu ser do universo: tu, por dentro. E esse sim é o conhecimento porque que ambicionamos toda a vida. Ou deveríamos ambicionar. Na verdade estamos demasiado ocupados com aquilo que nos é exterior que nos esquecemos de nós mesmos. A sociedade precisa de redefinir as suas prioridades e dar um verdadeiro sentido à máxima do conhece-te a ti mesmo. E esse conhecimento não reside numa lição de latim nem numa ida a Paris. Mas se eu soubesse onde reside não estaria a divagar sobre isto. A verdade é que essa resposta nunca é nem será absoluta; é descoberta todos os dias mais um pouco. E à medida que vamos absorvendo esse autoconhecimento vamos começando a dominar os nossos pensamentos e aí sim estamos prontos para compreender o mundo que nos rodeia. É preciso é que ele esteja em sintonia connosco. (E depois de de uma meditação como a de hoje poderia ficar aqui a escrever horas e horas.)
Divagações à parte e apesar de ainda não ter visto todos os filmes nomeados para os Óscares (nada que não se resolva a tempo), o Óscar de melhor filme ficava muito bem entregue a este.
Divagações à parte e apesar de ainda não ter visto todos os filmes nomeados para os Óscares (nada que não se resolva a tempo), o Óscar de melhor filme ficava muito bem entregue a este.
7 comentários:
Também vi ontem e adorei!!
Ainda não o vi. Ontem vi foi 500 days of summer. Acho que irias gostar também. Bem, experimenta e depois diz-me o que pensas. ;)
Tenho-o aqui para ver há já umas semanas mas tenho dado prioridade aos dos Óscares. Esta semana já o vejo :)
"A sociedade precisa de redefinir as suas prioridades e dar um verdadeiro sentido à máxima do conhece-te a ti mesmo." palmas! mto bom!
e quanto aos óscares: é hojeeeeeee! :D
Eu já ando em contagem decrescente desde 7 de Fevereiro. Vi 19 dos 34 nomeados (filmes estrangeiros, documentários e curtas metragens de fora). Estou orgulhosa!
Mas duvido muito que o An Education ganhe quer o de melhor filme, quer o de melhor actriz. Este madrugada logo ficamos a saber ;)
É hoje à 1 da amanhã e eu com um teste amanhã. Pelo sim pelo não ainda vou ver o Precious hoje...
Pois, tendo em conta as 'previsões' também duvido. Mas que merece, merece!
Deixa, hoje tens o compacto (sem aqueles intervalos enervantes) e com legendas.
gostei muito, mas acho que o óscar foi bem entregue.
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