24 de fevereiro de 2010

*suspiro*


Os corpos aproximam-se e eu estremeço. As minhas mãos tremem e o meu estômago dá voltas e reviravoltas. As bocas proferem palavras e eu perco a consciência de tudo o resto. Nos rostos desenham-se sorrisos e dentro de mim acciona-se o alarme de incêndio. Sou assolada por questões, às quais estou farta de saber a resposta, por ses, que só me atormentam a paz de espírito. Tento desviar o olhar mas sinto-me paralisada. Naquele momento até o meu coração deixou de bater. Pede descanso, pede um pouco de repouso todos os dias e eu, estúpida, concedo-lhe esse desejo. As batidas cessam e eu morro um bocadinho, todos os dias mais um bocadinho.

As memórias, o passado, as imagens baralham-se na minha mente, movimentam-se num frenético rodopio. Em mim flui um rol de pensamentos que já nem eu mesma percebo. Será ainda amor? Será sempre assim? As respostas escapam-me entre os dedos. Resta saber se voluntária ou involuntariamente.

Nunca um final destoou tanto de uma história.
Haja esperança.

(Não, não me esqueci das fotografias.)

1 comentários:

Anónimo disse...

Estremecer, paralisia instantânea, coração a pedir descanso..sim, de facto são sintomas preocupantes. Morrer um bocadinho ajuda, mas não poderás morrer um bocadinho todos os dias para toda eternidade, não é?